Na manhã desta terça, feira, o vereador Carlos Bolsonaro usou as redes sociais para dizer que ele, o Ministro da Justiça Sérgio Moro e o Presidente Jair Bolsonaro serão acionados na Justiça sobre o caso Marielle Franco.
No Twitter, o vereador disse:
“Vampiro, Amante e Montanha,acusados de desvios de milhões de R$ na Lava-Jato, entraram na justiça contra mim, Moro e o Presidente no caso Marielle. Imagine o absurdo de busca e apreensão aqui em casa por acessar a secretária eletrônica onde todos os moradores têm acesso?Não pararei!”
Vampiro, Montanha e amante são os codinomes dos parlamentares Paulo Pimenta, Humberto costa e Gleisi Hoffmann (PT) citados nas planilhas da Odebrecht, no caso da Operação Lava Jato.
O Presidente Jair Bolsonaro também usou usa conta no Twitter para se manifestar sobre o caso:
“Esses petistas foram delatados na Lava-Jato com seus respectivos codinomes: Rato/Montanha, Vampirão e Amante. Agora entram na Justiça pelo fato de eu, como morador, ter acessado a secretária eletrônica do meu condomínio. Obs.: poderia consultar a qualquer época a secretária eletrônica, nada impede a qualquer morador tal procedimento, contudo só foi realizada tal consulta por mim depois de a TV Globo ter vazado um processo que estava em segredo de justiça.”
Embora a oposição já tenha ido ao Ministério Público no Rio de Janeiro, ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria Geral da República, o partido Rede entrará com uma nova ação nesta terça-feira (05), especificamente contra Carlos.
Líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) argumentou que Carlos não poderia ter tido acesso às gravações da portaria do condomínio em que mora no dia seguinte à divulgação do depoimento do porteiro que associa a casa da família Bolsonaro a um dos suspeitos do assassinato de Marielle Franco.
Para o Senador, o fato de Carlos ter divulgado nas redes sociais uma das gravações da portaria para desmentir a matéria da TV Globo sobre o depoimento do porteiro, representa uma interferência nas provas que devem ser usadas na investigação do caso Marielle.
“Carlos interferiu no local de prova. Tem que ser processado por conta disso”, argumentou o senador.