Bacharel em direito e comentarista político da CNN Brasil, Caio Coppolla voltou a dizer que ele pode ser censurado pelo Supremo Tribunal Federal, alvo de investigações da Polícia Federal e até mesmo preso arbitrariamente após criar, no dia 15 deste mês, um abaixo-assinado virtual para pressionar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a pautar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
O analista decidiu gravar um vídeo comentando uma matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, assinada pela jornalista Mônica Bergamo, em que juristas e advogados rebateram argumentos que foram apresentados por ele em críticas ao ministro Alexandre de Moraes.
“Eu tenho fundadas razões para acreditar que estou prestes a ser censurado pelo STF, investigado pela Polícia Federal e até preso arbitrariamente. Até o final do vídeo vocês vão entender porque estou correndo esses riscos”, disse.
“No dia 22 de março, a Folha de S. Paulo, que vive publicando informações falsas a meu respeito, quebrou o seu silêncio constrangedor e se manifestou sobre o abaixo-assinado pela análise do pedido impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes. Para surpresa de ninguém, a Folha ficou do lado errado e publicou uma coluna difamatória contra mim, defendendo a coluna do ministro Alexandre de Moraes (…) Eis o título do texto, assinado por Mônica Bergamo: ‘Juristas e advogados defendem Alexandre de Moraes contra ‘ataques’ de Caio Coppolla, da CNN. Comentarista tem feito mobilização pelo impeachment do magistrado’”, questionou.
Para Caio, a Folha serve de “assessoria de imprensa de imprensa de advogados milionários e juristas militantes que são bajuladores do STF”.
“(…) É uma iniciativa legitima, republica e pacífica que engajou milhões de brasileiros. Mas a Folha de S. Paulo optou por não noticiar essa mobilização histórica em defesa da Constituição e da liberdade de expressão. Preferiu servir de assessoria de imprensa de advogados milionários e juristas militantes que são bajuladores do STF, onde os seus clientes mais poderosos são julgados. E, para fazer o serviço sujo, esses profissionais do direito utilizaram os serviços da jornalista Mônica Bergamo”, prosseguiu o comentarista.
Coppolla fez questão de confrontar as entidades que assinaram o documento, considerando que essas, segundo ele, servem de ‘peso artificial’ no debate público.
“Perceberam o perfil de quem me ataca gratuitamente? (…) Essa manifestação contra mim e contra o abaixo-assinado é nitidamente política. Não deveria ter nenhuma credibilidade jurídica (…) Por serem reputados como especialistas no direito, essas entidades ganham peso artificial no debate público, mesmo que os fatos narrados sejam flagrantemente falsos. (…) Percebam a quantidade de mentiras que a Folha de S. Paulo veiculou a meu respeito, usando como pretexto a publicação de manifestação militante. Se a senhora Mônica Bergamo tiver um pingo de decência jornalística (…) Ela vai me conceder direito de resposta (…) Eu faço aqui um apelo à sua ética profissional. Me conceda esse justo direito de resposta na sua coluna”, acrescentou.
Por fim, ele lamentou a seletividade no âmbito jurídico, frisando grupos de esquerda. Segundo ele, a Folha de S. Paulo tem gerado desinformação para resultar numa eventual ação de censura contra ele, além de uma possível prisão.
“Sabem quais os objetivos dessas entidades e da Folha de S. Paulo ao veicular esse tipo de desinformação? É criar um contexto jurídico e midiático para ensejar medidas judiciais de censura, de investigação e de prisão contra mim com base na Lei de Segurança Nacional (…) Preparei uma série de conteúdos que serão publicados por outros influenciadores, inclusive no exterior, caso eu seja preso injustamente e minhas contas nas redes sociais sejam bloqueados por uma ordem judicial censora (…) O mais triste é perceber que espírito democrático dos advogados e juristas da esquerda é muito seletivo. Eles só defendem os direitos de quem pensa como eles”, finalizou.