A busca pelos dois presos que escaparam da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, já completou 21 dias nesta terça-feira (5), ultrapassando o período de procura por Lázaro Barbosa, o serial killer cuja fuga das autoridades mobilizou uma operação policial de 20 dias no Distrito Federal e em Goiás, em 2021.
Especialistas em segurança pública observam que, embora o tempo de busca pelos fugitivos de Mossoró seja considerado razoável, dada a complexidade da região, manter a eficácia da operação por um período prolongado pode representar um desafio gigantesco.
Luís Flávio Sapori, especialista em segurança pública, avalia que a situação pode se tornar mais complicada após um mês de buscas, devido aos custos crescentes da operação. No entanto, membros do governo federal minimizam a questão do tempo, enfatizando que a captura dos fugitivos passou a ser “questão de honra” para o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
Integrantes do Executivo federal argumentam que esse não é um caso singular, citando outras fugas notáveis no Brasil e no exterior, como a fuga de Danilo Cavalcante, que escapou de uma prisão federal nos Estados Unidos em 2023, após 14 dias de perseguição intensa envolvendo aproximadamente 500 policiais. Em relação à captura de Lázaro em Goiás, que ocorreu após 20 dias, mencionam que cerca de 270 agentes participaram da operação.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública ainda não divulgou um relatório sobre os custos da operação em Mossoró, que envolve o dobro de agentes em comparação com a busca por Lázaro, alegando que a operação ainda está em curso.