O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu, nesta segunda-feira (20), a uma reportagem do Conexão Política. Em suas redes sociais, ele compartilhou uma captura de tela da notícia, intitulada “Bolsonaro torna-se protagonista em ações, acusações, denúncias e investigações não por corrupção”, destacando a expressão ‘não por corrupção’.
Na legenda, o líder de direita escreveu: “A sanha também é por aumentar seus impostos e taxas! Viva a democracia relativa!”.
Nesta matéria do Conexão, que Bolsonaro fez menção, é dito que o nome de dele tem sido associado a várias acusações, denúncias e investigações, muitas das quais não se concretizaram em fatos, resultando, em diversos casos, no arquivamento por falta de provas.
Recentemente, o Ministério Público Federal (MPF) anunciou que acompanhará um inquérito da Polícia Federal que investiga se Bolsonaro importunou uma baleia jubarte durante sua visita a São Sebastião, São Paulo, em junho deste ano. O inquérito alega que Bolsonaro se aproximou do animal enquanto pilotava um jet ski, e vídeos e fotos divulgados nas redes sociais mostram a moto náutica a uma distância de 15 metros da baleia, que estava na superfície.
Essas alegações, muitas vezes desprovidas de fundamentação concreta e baseadas em narrativas inflamadas por opositores, somam-se a uma lista de mais de 100 pedidos de investigação contra Bolsonaro que foram arquivados até o início do segundo semestre de 2022, conforme apuração do Conexão Política em conjunto com o Conexão1, portal de notícias do grupo Conexão.
Mesmo diante da intensificação midiática e do constante ruído provocado por seus opositores, as narrativas contrárias a Bolsonaro têm perdido força, uma vez que muitas dessas ações não se sustentam devido à falta de provas. Esse cenário contribui para a formação de uma muralha que busca emparedar o ex-presidente politicamente.
Entre 2019 e 2022, foram arquivadas mais de 100 ações contra Bolsonaro, que enfrentou 151 representações no STF, envolvendo principalmente temas como sua conduta durante a pandemia, ataques às instituições e uso indevido da máquina pública. Curiosamente, nenhum desses casos envolveu crimes de corrupção, diferindo do padrão comum de denúncias contra políticos no Brasil.
Vale destacar que, ao lado de Fernando Collor de Mello e Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro tornou-se inelegível ao longo de sua trajetória política, mas não por suspeitas de corrupção. Sua inelegibilidade foi determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido a uma reunião com embaixadores em 2022, na qual criticou o sistema eleitoral brasileiro.
O TSE prosseguiu com o julgamento, com o ministro Benedito Gonçalves, considerado aliado de Lula, votando pela inelegibilidade. Comparativamente, Collor foi declarado inelegível pelo Senado em 1992 após sua renúncia em meio a acusações de corrupção, enquanto Lula enfrentou condenações por corrupção e lavagem de dinheiro, embora posteriormente seus processos tenham sido anulados pelo STF.