Nesta quarta-feira (9), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, disse, durante debate na Câmara dos Deputados sobre fake news, reforma eleitoral e voto impresso, que existe “uma espécie de cristianismo do mal” no Brasil.
Barroso assegurou que ataques pessoais a autoridades não abalam as instituições.
Segundo ele, há grupos politizados “que disseminam o ódio, mentiras, teorias conspiratórias”.
“Escrevem coisas horríveis. Tem uma espécie de cristianismo do mal no Brasil, uma inovação horrorosa, em que o sujeito fala: ‘Em nome de Deus, eu quero que você morra, em nome de Jesus, eu quero que sua família seja destruída’. Quer dizer, é tão absurdo isso, pessoas totalmente do mal que invocam a religiosidade das pessoas”, afirmou aos deputados.
Na sequência, Barroso negou que estivesse fazendo menção a críticas ou mensagens de humor. Para ele, os ataques às instituições é ‘um problema’ que deve ser resolvido ‘da maneira possível’.
“Toda semana, às sextas-feiras eu sempre posto uma sugestão de livro, música e poesia. E todas as semanas, e essa é a parte divertida, me mandam ler a Constituição e a Bíblia. Justo eu que passei a minha vida lendo a Constituição e ainda sou filho de mãe judia e pai católico, de modo que eu li o Velho Testamento e o Novo Testamento“, acrescentou.