Há pelo menos 49 mortos e cerca de 50 feridos nos ataques terroristas em duas mesquitas em Christchurch, Nova Zelândia. Isto foi relatado pelo chefe da polícia neozelandesa Mike Bush. É o ataque terrorista mais sangrento de todos os tempos na Nova Zelândia, que tem 5 milhões de habitantes e pouco mais de 1% da população é muçulmana.
Mike Bush, informou que os ataques haviam sido preparados há um bom tempo e que os terroristas atiraram com armas automáticas. Vários explosivos improvisados e um colete à prova de bombas foram encontrados nos carros dos suspeitos. Três homens e uma mulher foram presos.
A polícia também comunicou, que os terroristas pertencem a grupos racistas de ideologia extremista nacionalista. Um dos detidos é o australiano Brenton Tarrant, de 28 anos. Brenton gravou o ataque “livestream” (em transmissão ao vivo). As autoridades bloquearam essas transmissões de vídeo.
Primeira-ministra
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, chamou o ataque de “um dos dias mais osbscuros da história da Nova Zelândia”.
Jacinda Ardern disse que pelo menos 10 pessoas morreram na mesquita no distrito de Linwood, no leste de Christchurch. E no ataque à mesquita em Hagley Park, centro da cidade, morreram pelo menos 30 pessoas. Estima-se que 300 pessoas estavam presentes no momento dos ataques.
Tiroteios
O primeiro tiroteio, foi na mesquita Masjid Al Noor, em Hagley Park, onde algumas centenas de pessoas estavam presentes na hora da oração da tarde desta sexta-feira. O atirador transmitiu ao vivo nas redes sociais um filme de dezessete minutos, mostrando claramente como ele entrava na mesquita e começava a atirar.
Mais tarde, nesta mesma sexta-feira, um outro terrorista invadiu e iniciou o ataque em uma mesquita no distrito de Linwood.
Imediatamente após o primeiro tiroteio, prédios do governo e escolas nas imediações das mesquitas foram fechados, as escolas só foram liberadas no final da tarde e as crianças puderam voltar para casa. Residentes locais receberam ordens para ficar dentro de casa até novo aviso.
Manifesto
Um dos terroristas, o australiano Brenton Tarrant, escreveu um manifesto de cunho racista mencionando acreditar que a cultura europeia branca está acima de todas as outras. O primeiro-ministro australiano Scott Morrison, chamou o arquivo de 74 páginas de Tarrant, de “odiável”.
Tarrant não se considera um australiano, mas um europeu, “porque minha língua é europeia, minha cultura é europeia, minha filosofia, minha identidade e, mais importante, meu sangue é europeu”.
Motivação
Ataques terroristas mostram o ponto extremo em que o ser humano regado pelo ódio e pela falta de respeito pode chegar. A incompreensão do homem da importância de se respeitar a liberdade individual, o direito de escolha, seja este por credo ou ideologia, tem levado a sociedade a presenciar horrores que têm roubado a vida de inocentes.