Para algumas mulheres, a rotina começa logo na madrugada. É hora de preparar a refeição do dia, organizar os afazeres domésticos e embora o semblante de muito trabalhar seja expressivo, é preciso passar todo o ânimo, coragem para seguir e fé que tudo vai cooperar para o bem. É a lição que será dada para os que tiverem ali bem pertinho dela. Essa é uma mulher, que luta com os braços, a mente e o coração. Uma mulher de ação.
Isso, uma mulher de ação é que faz toda a diferença!
Os tempos mudaram e essa rotina e responsabilidades só aumentaram; agregaram valor, respeito, determinação e confiança. Mas o que define os valores e a identidade é mesmo a ação, o saber fazer, e não o saber dizer, como pensam algumas mulheres.
O saber dizer, sem nada fazer, alimenta convicções inconstantes, máculas de uma libertação sem sentido. Afinal, qual o nexo de destruir uma família em prol do acúmulo de afazeres em casa, adicionado aos fora de casa? E mais, que sentido é dado a esse perfil de mulher que se diz independente, mas padece em lágrimas quantas vezes forem necessárias?
Inversão de valores e enigmas na chamada ‘luta por direito de mulheres’. É preciso ter um perfil, uma cara, um grupo, seguir comportamentos estabelecidos por doutrinações idealizadas, num universo que quem não é mulher e pertence a esse protótipo, não pode ser atendida pela luta.
Das muitas conquistas, uma delas é preciso que seja universal: o respeito das mulheres que por meio da famosa liberdade, austeridade confundida com insensatez muitas vezes, deixa de fora mulheres que realmente precisam de apoio, atenção e solução.
Sem devaneios, em tempo de viver a realidade, a mulher sempre teve seu lugar. Sair de casa e trabalhar fora nunca será a sua maior realização. A melhor realização se chama felicidade, paz, respeito, ser amada, acolhida. E isso muitas mulheres conseguiram sem nunca sair de casa. Então, nada de modismos ou jargões, o lugar de uma mulher nem sempre é onde ela queria estar, mas aprouve a Deus conduzir os caminhos, determinar o futuro e escolher o melhor para nossas vidas.
Parabéns para todas as mulheres que, nesse 08 de março, se orgulham no que são, no que fazem no campo ou na cidade, em casa ou em qualquer Instituição. O maior cargo você possui: ser uma mulher!
Ludimilla Oliveira. Mossoroense, é professora da UFERSA, atua na área interdisciplinar, Doutora em Arquitetura e Urbanismo, pesquisadora, escritora, é sócio-correspondente da União Brasileira de Escritores (UBE-RJ), pertence aos quadros da Associação de Escritores de Mossoró – ASCRIM, da Associação Litero-Artística de Mulheres Potiguares – ALAMP, é sócia efetiva, cadeira 148 do Instituto Histórico e Geográfico do RN, é imortal cadeira 37 da Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró – ACJUS, é imortal cadeira 23 da Academia Mossoroense de Letras – AMOL.