Após ser demitido da rádio Jovem Pan na quarta-feira (4), Rodrigo Constantino foi excluído do quadro de funcionários da Record TV.
O comentarista escrevia no portal R7 e fazia análises na Record News.
Em nota oficial, a emissora afirmou que “a decisão foi tomada em virtude das posições que o profissional assumiu publicamente sobre violência contra a mulher, em canais que não têm nenhuma vinculação com nossas plataformas. O jornalismo dos veículos do Grupo Record tem acompanhado com muita atenção o caso de Mariana Ferrer e o Grupo não poderia, neste momento, deixar qualquer dúvida de que justiça não se faz responsabilizando ou acusando aqueles que foram vítimas de um crime.”
Ainda de acordo com o comunicado da Record, “apesar de ter garantias de liberdade editorial e de opinião, julgamos que o posicionamento adotado por Constantino não compactuou com o nosso princípio de não aceitar nenhum tipo de agressão, violência, abuso, discriminação por questões de gênero, raça, religião ou condição econômica.”
No Twitter, Constantino comentou a decisão da emissora de Edir Macedo: “A Record foi mais um veículo que não aguentou a pressão. O departamento comercial pede ‘arrego’, pois recebe pressão de fora, dos chacais e hienas organizados, dos ‘gigantes adormecidos’. Sim, perdi mais um espaço, mas sigo com minha total independência e com minha integridade”, escreveu.
Na mesma sequência de publicações, o analista explicou como funcionou a estratégia daqueles que pediram sua demissão: “Como funciona a tática: pega algo dito, tire do contexto, deturpe e espalhe; use a militância para viralizar e marcar os veículos empregadores; faça a pressão em cima dos ANUNCIANTES; esses, querendo fugir da polêmica, pedem a demissão do “pária”; as empresas não resistem e cedem”.
https://twitter.com/Rconstantino/status/1324376947548393474