Uma adolescente sueca foi decapitada por seu ex-namorado iraquiano após terminar o namoro. As alegações vêm depois que uma busca maciça, realizada no sudoeste da Suécia, levou a uma descoberta horrível: a cabeça decepada da garota foi encontrada em uma mala.
Wilma Andersson, de 17 anos, desapareceu em 14 de novembro do ano passado, depois de ir ao apartamento de seu ex-namorado nascido no Iraque, Tishko S., para recolher alguns de seus pertences.
Na mesma noite em que ela desapareceu, os vizinhos ouviram gritos do apartamento. E duas semanas depois, a polícia revistou o apartamento do iraquiano na cidade de Uddevalla e encontrou vestígios de sangue em todos os lugares, segundo a mídia local.
A cabeça decepada da adolescente foi encontrada em uma mala, embrulhada em papel alumínio e fita adesiva. A polícia encontrou várias impressões digitais do iraquiano de 23 anos, o que reforça as suspeitas contra ele.
A polícia também suspeita que a adolescente foi assassinada no apartamento de Tishko.
O ex-namorado nega as acusações de assassinato. Ele alega que alguém colocou a cabeça de Wilma em seu apartamento. Mas os amigos da adolescente afirmam que ele era muito controlador e ciumento, dizendo a Wilma o que ela poderia vestir, onde ela poderia ir e com quem ela poderia se encontrar. Ele já havia sido violento com ela no passado, segundo os amigos de Wilma.
O resto do corpo da adolescente ainda não foi encontrado, o que poderia tornar mais difícil para o promotor provar que o ex-namorado a assassinou.
Um total de 5.000 especialistas, policiais e voluntários se juntaram à procura da adolescente, em uma das maiores buscas da Suécia, depois que seu desaparecimento foi notificado por sua mãe preocupada.
“Eu continuava tocando a campainha. Mas ele [Tishko] apenas disse que eles tiveram uma discussão e que ela acabou saindo do apartamento”, disse a mãe de Wilma, Linda, à TV local.
O casaco e a bolsa de Wilma ainda estavam pendurados no armário; e sua mãe disse que ela nunca teria saído do apartamento sem eles.
O julgamento do caso começará na Suécia na próxima semana.
Asilo negado*
Segundo o Voice of Europe, registros informam que o ex-namorado de Wilma era um imigrante curdo do Iraque, cujo asilo foi rejeitado em várias ocasiões antes de solicitar a cidadania e ser concedido em menos de um ano.
O curdo originalmente migrou para a Suécia quando criança em novembro de 2001, junto com seu pai. Eles pediram asilo imediatamente após a chegada, alegando que as atividades políticas de seu pai o colocavam em risco de “tratamento desumano” pelo regime de Saddam Hussein.
O Conselho de Migração da Suécia, no entanto, negou o pedido em dezembro de 2004. O pai recorreu da decisão e os dois receberam uma autorização de residência temporária que deveria expirar em janeiro de 2007. Depois disso, eles foram agendados para deportação.
Em novembro de 2006, no entanto, o pai solicitou uma autorização de residência permanente para os dois, mas isso foi rejeitado no ano seguinte, alegando que não havia conflitos armados na região curda do norte do Iraque na época. O pai recorreu da decisão no tribunal do condado de Gotemburgo, mas o pedido foi novamente rejeitado em maio de 2008. A decisão escrita do tribunal foi clara em relação ao fato de o pai e o filho não serem considerados refugiados, devido à situação política no norte do Iraque.
Como o Tishko S. e seu pai conseguiram permanecer no Iraque depois desse tempo continua um mistério. O que se sabe é que o ex-namorado de Wilma, que tinha então 16 anos, solicitou novamente uma autorização de residência em agosto de 2013, que foi concedida apenas quatro meses depois. O suspeito solicitou a cidadania sueca em junho de 2014, concedida em novembro daquele ano, conforme relatado pelo site Samhällsnytt.
Relatórios recentes também indicam que o imigrante, que é muçulmano, tentou forçar Wilma a se converter ao Islã, apesar do fato de que em seu pedido de autorização de residência ele alegou ter “se adaptado à sociedade sueca”. Testemunhas que conheciam o casal afirmam que seu relacionamento com Wilma era dominador e abusivo.
(* Texto atualizado em 20-05-2020, após a publicação de novas informações sobre o acusado.)
Finlândia
Um caso semelhante ocorreu em janeiro deste ano na Finlândia. Em Hämeenlinna, uma cidade no sul da Finlândia, uma jovem finlandesa foi brutalmente assassinada por decapitação na noite de segunda-feira, 20 de janeiro de 2020. O assassino é um requerente de asilo (rejeitado) muçulmano palestino.
O comissário de investigação criminal, Marko Mäkinen, informou que dois cadáveres foram encontrados em um apartamento: um era o corpo da jovem finlandesa Sanni Ovaska, e o outro corpo era de Hasan Alqina, um requerente de asilo rejeitado de 27 anos, que pode ter se suicidado após o assassinato.
Sanni rompeu o relacionamento, pois não queria acompanhar o assassino que deveria voltar para sua terra natal e, portanto, foi morta.
Leia mais sobre o caso neste link abaixo.