Após exercer, aproximadamente, 500 anos seu papel de superpotência mundial, o império Romano do Ocidente, um dos mais lendários do mundo, chega ao fim da linha. As razões encontradas são as mais diversas, dentre elas a dificuldade para administrar o tamanho do Estado quando a crise já estava instaurada, especialmente, porque as lideranças já eram ineficientes. Isso ampliava ainda mais o problema deles. Com o Império indo ladeira abaixo, os cidadãos romanos, naturalmente, foram perdendo o civismo e a plena confiança em quem os liderava.
Parece que hoje, no cenário atual, habitamos num universo bem semelhante, no tocante a nossa política nacional, em que vemos líderes ineficientes e incompetentes ocupando diversos cargos e tomam decisões inconsequentes, vendo diante deles como única solução o sacrifício do trabalho e da economia.
Quando olhamos para a realidade de alguns personagens bíblicos, vemos que muitos não tiveram a humildade para reconhecer suas limitações e entender o significado da dependência de Deus. A vaidade sempre foi a vilã na derrocada dos grandes homens, que ao invés de reconhecerem suas suas fragilidades, agiram sob glamoroso orgulho. Há um texto bíblico incrível, que deveria reger a vida de todo aquele que exerce liderança, inclusive sob si mesmo:
“A soberba precede a ruína, o espírito arrogante vem antes da queda.”
(Provérbios 16:18)
Quando olhamos para a realidade de Saul, primeiro rei de Israel, vemos que ele possuía enorme dificuldade para o arrependimento. Apesar de iniciar bem, não soube administrar sua dependência de Deus. Se tornou confuso em suas emoções, e logo sucumbiu sem experimentar a bondade de Deus para guiá-lo. Como não se arrependia de seus atos, qualquer tentativa de fazer diferente não durava muito tempo. Nesse período, ele já sabia que Deus havia escolhido outro para substitui-lo: Davi. Em um coração obsessivo, dificilmente há espaço para arrependimento; e triste é quando Deus ‘desiste’, entregando a própria sorte e a direção do próprio coração.
“E disse (Saul) a Davi: ‘Mais justo és tu do que eu, pois tens me recompensado com o bem, havendo eu te pago com o mal”.
(1 Samuel 24:17)
As palavras de Saul eram levadas pelo vento, consumidas pelo seu medo de perder o trono; e, assim, continuou a pagar o bem com o mal, tentando a todo custo eliminar Davi do seu caminho. Talvez fosse muito difícil para reis e imperadores agirem sem que o ‘espírito do pavão’ os tomassem; pois, logo após tomarem posse do cobiçado anel de autoridade tinham que demostrar o quanto eram dotados para serem deuses. Talvez essa produção sem limites de vaidade e orgulho deram origem aos principais motivos das quedas dos impérios que, inclusive, não estão restritos aos impérios, mas também diante de qualquer ser humano que vagueia pela vida vaidosa e orgulhosamente, sem perceber que ao redor dele há muito o que ‘dar e receber’.
Mas ainda bem que Alguém tomou a decisão de nos mostrar que há um caminho bem incrível e a ser explorado, em que nem reis e imperadores ousaram conquistar o que Ele, temendo perder o poder e a autoridade:
“O qual sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus: Mas esvaziou-se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens.” (Filipenses 2:6-7)
Jesus nos trouxe profundos ensinamentos para que pudéssemos viver numa terra tão cheia de desafios. Não foi em vão que nos deu o alerta: “Eu disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo”. (João 16:33)
E por meio dessa segurança, que nenhum ser pode nos garantir, nos apoiamos confiantemente em seus ensinamentos para encorpá-los em nossas decisões, conduzindo nossas vidas sob duplo foco: nós e o outro – na certeza de que jamais ficaremos para trás!
“Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros.” (Filipenses 2:3-4)
Ajude a evangelizar o mundo!