O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento na noite desta terça-feira (24), em cadeia nacional de rádio e TV, para falar sobre ações do governo federal na luta contra a covid-19.
Em sua fala, o chefe do Executivo defendeu que a rotina no país deve voltar à normalidade. Ele também afirmou que a imprensa brasileira ajudou a instalar o pânico nos cidadãos do país e criticou governantes por usarem o conceito de “terra arrasada” para lidar com a situação.
“O vírus chegou, está sendo enfrentado por nós e brevemente passará. Nossa vida tem que continuar, empregos devem ser mantidos, o sustento das famílias deve ser preservado, devemos, sim, voltar à normalidade. Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o fechamento de comércio e confinamento em massa”, declarou.
O presidente também disse que a população deve tomar as devidas precauções com a doença, mas ressaltou que, em pessoas saudáveis e abaixo dos 60 anos, o vírus não apresenta grandes riscos e muitas vezes sequer apresentam sintomas em caso de contaminação.
“O grupo de risco é o das pessoas acima dos 60 anos, então por que fechar escolas? Raros são os cados fatais de pessoas saudáveis com menos de 40 anos de idade, não teremos qualquer manifestação caso se contamine”, afirmou.
Bolsonaro criticou a postura da imprensa brasileira em tratar o caso com sensacionalismo e histeria, mas elogiou a mudança de postura de alguns editoriais jornalísticos que começaram a pedir calma e tranquilidade.
“Grande parte dos meios de comunicação foram na contramão e espalharam exatamente a sensação de pavor, tendo como carro-chefe o anúncio do grande número de vítimas da Itália, um país com grande número de idosos e com um clima totalmente diferente do nosso: o cenário perfeito, potencializado pela mídia, para que uma verdadeira histeria se espalhasse pelo nosso país. Contudo, percebe-se que de ontem para hoje parte da imprensa mudou seu editorial: pede calma e tranquilidade. Isso é muito bom! Parabéns, imprensa brasileira. É essencial que o equilíbrio e a verdade prevaleçam entre nós”, declarou.
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