A nova rede social Threads, lançada por Mark Zuckerberg nesta quarta-feira (5), promete ser uma grande rival do Twitter, não apenas por ser uma plataforma quase idêntica, mas também por abrir espaço para a polarização política. Essa novidade surge em um contexto no qual Mark Zuckerberg tem diminuído as restrições em suas empresas em relação à censura.
O dono da Meta (antiga Facebook Inc.) foi pioneiro quando se trata de medidas de censura durante as eleições presidenciais nos Estados Unidos, quando Donald Trump ainda ocupava o cargo e disputava contra Joe Biden, que acabou se tornando seu sucessor.
Além da Meta, que detém Facebook, Instagram e WhatsApp, outras empresas como YouTube e Twitter também baniram o político de direita, alegando que ele propagava notícias falsas e era um extremista.
No entanto, com a entrada de Elon Musk, que comprou o Twitter, o microblog passou a eliminar quaisquer restrições contra usuários e personalidades punidas por questões ideológicas. Diante disso, Zuckerberg percebeu o poder da concorrência e decidiu também relaxar as restrições contra autoridades públicas.
Com a chegada da rede social Threads, espera-se que o dono da Meta siga o mesmo caminho, permitindo que todos os espectros políticos atuem nessa nova praça digital, a fim de não perder espaço para seus concorrentes.
Consequentemente, já se fala em uma nova disputa polarizada entre os lados esquerda e direita da política. O motivo é claro: com a consolidação de mais um espaço a ser explorado, essa nova plataforma se torna um ponto de encontro para reunir apoiadores e simpatizantes de partidos, políticos e movimentos.
Como resultado, a migração de perfis para o Threads já é um assunto de escala global, com investigações buscando analisar o alcance e a inclinação partidária dessa nova rede social. O interesse em entender como os diferentes espectros políticos estão se adaptando a essa plataforma é evidente, uma vez que ela parece estar aberta, por ora, a um espaço para a expressão de opiniões e ideias.