O Brasil ocupou a quarta posição na América Latina em termos de ameaças digitais registradas no primeiro semestre de 2024, conforme dados revelados em um relatório divulgado pela empresa de segurança cibernética ESET nesta sexta-feira (18).
Durante esse período, o país contabilizou 201 mil ameaças, representando 7,76% do total. O ranking foi liderado pelo Peru, que apresentou 909 mil incidentes (35%), seguido pelo México, com 351 mil (13%) e pelo Equador, que registrou 204 mil ameaças (7,84%).
De acordo com Camilo Gutierrez Amaya, Chefe de Pesquisa da ESET para a América Latina, a predominância de usuários residenciais no Peru justifica a posição de destaque do país no levantamento, em comparação com países como Brasil e México, que têm uma maior quantidade de usuários corporativos. “Usuários domésticos têm menos recursos para proteção digital, o que os torna mais vulneráveis”, explicou Amaya.
A pesquisa revelou que a América Latina sofreu 2,6 milhões de ataques cibernéticos únicos do tipo “malware” nos primeiros seis meses de 2024, enquanto o número global chegou a 4 milhões no mesmo período.
David Gonzalez, pesquisador da ESET, destacou que os criminosos exploram métodos como engenharia social e falhas de software para invadir sistemas de segurança. Dentre as principais ameaças, o phishing — técnica usada para roubo de dados ou dinheiro — permanece entre as mais recorrentes, com 1,874 milhão de tentativas na região durante o semestre.
O sistema operacional Windows continua sendo o mais visado pelos hackers, principalmente em suas versões que já não recebem suporte oficial do fabricante.
O relatório também ressaltou a importância de manter os sistemas sempre atualizados e de aplicar correções de segurança regularmente, como forma de proteger os usuários contra as crescentes ameaças digitais.