Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) revela que aproximadamente 20% dos jovens brasileiros consomem cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes. Os dados indicam que essa prática é mais comum entre jovens com idades entre 18 e 24 anos.
É importante ressaltar que o cigarro eletrônico não é regulamentado no Brasil e é vendido livremente, uma situação que, de acordo com especialistas, aumenta os riscos para os usuários. A ausência de regulamentação implica a entrada de dispositivos no país, o funcionamento de um mercado clandestino e a falta de controle sobre as substâncias utilizadas nos vapes.
Alessandra Bastos, ex-diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e consultora da BAT, enfatizou que as pessoas que adquirem dispositivos em países onde há regulamentação sanitária experimentam melhorias na saúde quando utilizam dispositivos que obedecem às regras sanitárias. Mesmo que não consigam abandonar o hábito de fumar completamente, relatam uma melhoria em sua qualidade de vida, diz ela.
Uma audiência pública no Senado Federal, em Brasília (DF), prevista para o final de setembro, discutirá a importância da regulamentação dos cigarros eletrônicos. A Anvisa informa que está em processo de discussão regulatória sobre esses dispositivos, mas só divulgará informações sobre o processo após sua conclusão.