Duas semanas depois que o governo de São Paulo permitiu a retirada de máscaras em locais fechados, o Comitê Científico avalia que a flexibilização não trouxe consequências negativas para os índices da covid-19 em solo paulista. A avaliação foi feita pelos médicos Paulo Menezes e João Gabbardo, que integram o grupo formado por especialistas.
“Já dá para fazer um balanço, primeiro da liberação das máscaras em ambientes abertos e, depois em ambientes fechados também, com exceção de serviços de saúde e transporte público, na medida em que estamos completando duas semanas dessa flexibilização. Não observamos nenhum impacto nos indicadores, que acompanhamos desde o início da pandemia”, afirmou Menezes.
Segundo ele, se houvesse alguma diferença a partir da liberação, seria possível constatar um aumento no número de casos, mas isso não ocorreu. Ainda de acordo com o médico, a vacinação contribuiu para a proteção da população.
João Gabbardo, por sua vez, seguiu o mesmo tom. Na avaliação dele, é possível ter “muita certeza de que não houve nenhum impacto negativo” em relação à doença desde que houve a retirada de máscaras.
O secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, declarou que, desde o pico de casos em São Paulo, que ocorreu em 29 de janeiro de 2022, o estado registrou uma queda de 84% em internações, tanto em enfermarias quanto em unidades de terapia intensiva.
“Esses dados, especialmente agora, são os dados que nos permitem avaliar as duas semanas de flexibilização das máscaras”, disse Gorinchteyn, acrescentando que, atualmente, pelo menos 41 hospitais estaduais não têm nenhum paciente internado.