O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, disse nesta quarta (15) que o período do Carnaval dará novos elementos para o órgão avaliar se mantém ou derruba o uso de máscaras em aeroportos e aviões.
Na visão dele, assim como “impôs a restrição” também caberá à Anvisa avaliar a “devida flexibilização ou eventual retirada” do item de proteção no setor aeroportuário.
Barra Torres afirmou estar preocupado com a circulação do vírus devido à intensa aglomeração de pessoas nessa época do ano em que a aglomeração é mais constante.
“O objetivo da manutenção do uso de máscara está claro, não somente atrelado a dados estatísticos e epidemiológicos das vinte e quatro horas do dia. O Brasil é a sede mundial da maior concentração de pessoas por um motivo festivo: o Carnaval”, declarou.
“Não há como falar do início do Carnaval, dos dias que a folhinha do calendário marca, nós sabemos que as celebrações do Carnaval e aglomerações já vêm se dando há algum tempo”, completou.
O diretor-presidente lembrou que o vírus provocou a morte de cerca de 700 mil pessoas no país, além de outros brasileiros que foram infectados e ficaram com sequelas da doença
Ele saiu em defesa do uso de máscara e disse que o item protege especialmente as pessoas com sistema imunológico mais suscetível a doenças, como crianças, grávidas e idosos.
“Não é razoável que uma celebração como essa à vida, à alegria, ao relaxamento depois de tanto tempo de dor e sofrimento e morte signifique um risco para todas essas coletividades”, comentou.
De acordo com a lei, é papel da Anvisa regular o uso das máscaras nas áreas restritas dos aeroportos e nos aviões. No caso de ruas e locais públicos ou privados, a competência é do poder Executivo.
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