O Brasil atingiu um novo recorde negativo em 2023, registrando 1.079 mortes por dengue, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). A marca ultrapassa o recorde anterior, em 2022, quando foram contabilizados 1.053 óbitos pela doença.
A série histórica apresentada pela pasta também destaca o ano de 2015, com 986 mortes, como um dos períodos mais críticos no combate à dengue no país.
Diante da nova margem, o Ministério da Saúde respondeu às questões sobre o aumento de casos, pontuando que cerca de 11,7 mil profissionais de saúde foram capacitados para o manejo clínico, vigilância e controle de arboviroses, infecções transmitidas por vírus, principalmente por mosquitos.
Em comunicado oficial, a pasta anunciou um investimento de R$ 256 milhões para fortalecer a vigilância das arboviroses. O órgão diz que é preciso intensificar esforços e medidas preventivas para reduzir a transmissão das doenças. A população tem sido orientada a buscar atendimento médico ao apresentar os primeiros sintomas, evitando assim o agravamento dos casos.
Uma das medidas anunciadas é a incorporação da vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS), que foi introduzida dia 21 de dezembro. No entanto, a vacinação não será realizada em larga escala inicialmente, devido à capacidade restrita de fornecimento de doses pelo laboratório fabricante, Takeda.
A aplicação será focada em públicos e regiões prioritárias, com estratégias de utilização das doses disponíveis a serem definidas nas primeiras semanas de janeiro.