Depois de tantos boatos, incertezas e recuos, a eventual candidatura de Sergio Fernando Moro (Podemos) aponta indicativos de que irá decolar na disputa ao Palácio do Planalto em 2022.
Moro, que anteriormente dizia e repetia que não visava concorrer em cenários eleitorais, além de recorrentemente afirmar que o apoio dele ao presidente Jair Bolsonaro (PL) era efetivo, ao ponto de ‘tatuar [recado] na testa’, mudou incisivamente o que ecoava em tempos outrora.
No cenário atual, o ex-juiz da Lava Jato não quer aproximação com o atual chefe do Executivo, dispensando qualquer tentativa de aproximação com o mandatário.
Agora, de acordo com a coluna Radar, “Moro tem sido aconselhado a remodelar a imagem, aproximar-se de políticos de viés mais popular”.
O foco da estratégia, segundo a matéria, é alcançar os eleitores das classes C, D e E. O resultado, se bem aplicado, renderia em torno de 10 pontos porcentuais nas intenções de voto.
O União Brasil, nome recebido àqueles que compõem a fusão dos partidos DEM e PSL, até já sugerem que Sergio Moro seja mais ‘descolado’ e ‘engajado’ no dia a dia das pessoas, a exemplo de idas a locais de grande adesão, como partidas de futebol.
Os esforços para impulsar o nome de Moro, no entanto, encontra determinada resistência pelo ‘modo robótico’ de comportamento. Nos bastidores, conforme já registrou o Conexão Política, ousam a dizer que ex-ministro da Justiça não possui carisma.
Apesar das críticas, os números eleitorais trazem ânimo para Sergio Moro, consolidando sua possível candidatura na terceira posição isolada, à frente de nomes veteranos na disputa, como o pedetista Ciro Gomes.
Ainda assim, o desafio permanece em cena, visto que Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanecem entre os dois primeiros colocados. Um pouco longe de destroná-los, o ex-magistrado deve ser o nome central da chamada ‘terceira via’ no pleito do ano que vem.