A deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) alega que a discussão a respeito do projeto que equipara o aborto feito após 22 semanas de gestação ao homicídio não tem levado em conta a vida dos bebês.
“Eu fico um pouco chocada também com pessoas que não se importam com a vida do bebê. Estão falando do estuprador, estão falando da vítima, mas ninguém se importa com a vida do bebê, que pode, inclusive, nascer uma mulher”, diz Zanatta.
Para ela, a motivação de movimentos de está evidente: liberar o aborto no Brasil por tempo indeterminado, independente do período de gestação.
Eis a íntegra da fala da deputada sobre o tema:
“Incrível, porque o inferno se levantou contra nós. Eu tô um pouco chocada com a quantidade de desinformação e deturpação a respeito desse projeto.
A vítima de um estupro não vai ser impedida de realizar o aborto. Nós só estamos colocando um limite de até 22 semanas ou 5 meses. Porque depois disso, até o Conselho Federal de Medicina já considerou que não é mais aborto. É assassinato.
Pessoas que não se importam com a vida do bebê. Estão falando do estuprador, estão falando, claro, da vítima, mas ninguém se importa com a vida do bebê. Que pode, inclusive, nascer uma mulher.
Um aborto numa gravidez avançada, com mais de cinco meses, é um risco pra saúde da mulher. Porque essas pessoas que estão disseminando informações falsas a respeito desse assunto, eles têm algo por trás. Qual é o algo por trás? Eles querem liberar o aborto pra sempre, até nove meses de gestação. É isso que eles querem.
Incrível, porque o inferno se levantou contra nós pra espalhar as mais diversas mentiras. Esse PL é um projeto equilibrado e moderado, que não atende inclusive nem aos movimentos para a vida que queriam o estatuto do nascituro. Então tem uma série de mentiras aí e é bom que estamos aqui fazendo esse debate para que a gente possa esclarecer.”