O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) optou por não comentar, nesta segunda-feira (26), sobre o ato realizado no dia anterior pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que atraiu 750 mil pessoas à Avenida Paulista, em São Paulo. O petista foi indagado diretamente sobre o assunto durante um evento no Palácio do Planalto, mas se recusou a responder.
Durante o evento, a jornalista do jornal Valor Econômico, veículo associado à TV Globo, que fez a pergunta sobre o ato de Bolsonaro, acabou sendo vaiada pelo núcleo petista presente no local. Os ministros presentes responderam às perguntas dirigidas a eles, porém, o questionamento dirigido a Lula foi ignorado.
“Não houve surpresas com a quantidade de pessoas, foi muito aquém do que os próprios organizadores estavam divulgando que teria de presença. A surpresa está relacionada ao conteúdo da confissão dos crimes praticados”, disse Rui Costa, ministro da Casa Civil.
Ele ainda atribuiu a presença significativa de pessoas na Avenida Paulista às figuras religiosas, mencionando que o país enfrenta uma polarização e disseminação de ódio, em que setores religiosos são mobilizados por seus líderes.
Por outro lado, Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação (Secom), se absteve de comentar o ato, argumentando que não fazia parte do governo nem de seu partido. “Quem tem que fazer avaliação são eles. Não temos que fazer avaliação dos atos”, externou o chefe das Comunicações.