O influenciador e ativista pró-vida João Pedro Pugina entrou na justiça contra o radialista Marco Serelepe, ambos de Araçatuba, São Paulo, alegando ataques à sua imagem e nome. Pugina, que é líder cristão no segmento evangélico e atua na defesa da vida no estado paulista, acusa Serelepe, da Cultura FM, de fazer alusões pejorativas, referindo-se a ele como ‘Vagina’.
O processo, obtido com exclusividade pelo Conexão Política, foi protocolado na Justiça Estadual da Comarca de Araçatuba. Na ação, Pugina afirma nunca ter tido qualquer contato com Serelepe, seja direta ou indiretamente, e nunca mencionou seu nome. Ele descreve o radialista como parcial e agressivo, características que o desinteressaram em seus programas.
Pugina afirma que os ataques começaram após a publicação de uma foto em 15 de abril de 2024, em que ele aparece ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do pré-candidato à Prefeitura de Araçatuba, Lucas Zanatta. Na ocasião, eles presentearam Bolsonaro com uma camiseta da Associação Esportiva Araçatuba (AEA), o principal time local.
Segundo Pugina, a foto desencadeou uma série de ofensas por parte de Serelepe, incluindo o uso do trocadilho ‘Pugina/Vagina’ e xingamentos como ‘imbecil’, transmitidos pela Rádio Cultura FM de Araçatuba. Ele sugere que há motivações políticas e ideológicas por trás dos ataques, apontando a ligação de Serelepe com o grupo do atual prefeito de Araçatuba, Dilador Borges Damasceno (PSDB), e seu chefe de gabinete e pré-candidato, Deocleciano Borella (PSD).
“O vagina quer ser vereador […] aí fica bonito… quem quer ser vereador? Vagina. O que você vai esperar de um cara desse? Nada. Não pode esperar nada. Espera as loucuras, né?! Aí quer debater o Elon Musk, o Xandão, não sei o quê, e depois ergue os bracinhos: ‘Meu Senhor, não sei o que ê, Ele vive. Eu sei que ele vive […]”, afirmou o radialista em determinado trecho.
“[…] Eu tô chamando um candidato aqui de vagina. Porque falaram que esse cara é… eu fui olhar, o cara é um imbecil. Você entendeu? É um imbecil. Falei, agora nós vamos eleger um imbecil e depois tem que aguentar isso aí, ó. Tem que aguentar isso aí. E no máximo que vão conseguir fazer é colocar camisa da AEA, porque políticas públicas não vão fazer […]”, prossegue o locutor em outro trecho.
Pugina também critica a rádio por omissão diante do caso, afirmando que a emissora nunca se posicionou sobre os ataques. “A rádio segue endossando todos os ofensivos ataques de seu radialista, razão pela qual optei por acionar a justiça, buscando a reparação”, pontua.
João Pedro Pugina diz ainda que Março Serelepe “usa os microfones da Cultura FM para oprimir uma maioria silenciosa, que prefere ignorá-lo a confrontá-lo”.
A ação por danos morais foi distribuída para a 6ª Vara Cível de Araçatuba. A defesa de Pugina, representada por Anderson Matheus Mendes, informou que as partes requeridas serão citadas para apresentarem defesa no prazo legal.
Outro lado
O Conexão Política tenta contato com Marco Serelepe, além da Cultura FM, que ainda não haviam comentado sobre o caso até o fechamento desta matéria. O texto será atualizado em caso de deliberação oficial.