Um levantamento do jornal O Estado de S. Paulo mostra que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a retirada de pelo menos 352 postagens nas redes sociais nestas eleições. O principal beneficiado foi Lula da Silva (PT), que conseguiu remover 334 links da campanha de Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. Já o atual presidente da República conseguiu apenas 10 exclusões. As demais liminares beneficiaram os candidatos derrotados Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).
No pleito deste ano, até o momento, a Corte proferiu 53 ordens de retirada de informação que considerou falsa ou ofensiva. Somente na última semana, foram 10 despachos nesse mesmo sentido. A disparidade entre o número de posts removidos sobre Lula e Bolsonaro, com o petista ganhando cada vez mais ações, também está ligada à atuação dos escritórios de advocacia contratados pelas campanhas.
Enquanto os advogados do Partido dos Trabalhadores (PT) fazem até plantão na madrugada para intensificar a propositura de processos junto ao TSE, o núcleo jurídico de Bolsonaro prefere não judicializar todos os atos da campanha. A avaliação interna é de que uma atuação mais firme poderia prejudicar o discurso de defesa da liberdade de expressão.
O Conexão Política apurou que há uma orientação na banca jurídica de Jair Bolsonaro para só recorrer à Justiça quando houver ataques claros à honra do mandatário, salvo algumas exceções. Esse e outros fatores, além de uma alegada predileção a Lula por parte de ministros, fazem o petista acumular quase 7 vezes mais vitórias do que seu adversário.
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