O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atendeu a uma solicitação da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste sábado, 15, para investigar o grupo de mídia Jovem Pan.
Com isso, a Justiça Eleitoral pretende apurar suposto “uso indevido” dos meios de comunicação.
A investida da campanha lulopetista mira também o dono da emissora, Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido popularmente como Tutinha. Além deles, também serão investigados o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, o candidato à Vice-Presidência da República, Braga Netto.
De acordo com as acusações, a JP se tornou “o braço mais estridente do bolsonarismo”, com a “difusão de ataques e fake news contra o sistema eleitoral”, contra o Supremo Tribunal Federal (TSE), além de ir contra o próprio TSE. É digo também que a TV Jovem Pan News atua com uma campanha difamatória contra o ex-presidente.
Para a campanha de Lula, a Jovem Pan é “parcial” e “confere tamanho privilegiado” ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que “vem irrigando os cofres da emissora com verbas públicas por meio de publicidade”.
Em sua decisão, Benedito Gonçalves pontua que “é possível constatar da leitura dos trechos e do acesso aos vídeos que, em um efeito cíclico, os comentaristas da Jovem Pan não apenas persistem na divulgação de afirmações falsas sobre fatos, como somente se mostram capazes de ‘explicar’ as decisões a partir de novas e fantasiosas especulações, trazidas sem qualquer prova [sic]”.
Em resposta, a Jovem Pan informa que “não recebeu nenhuma notificação judicial até o presente momento e que, se houver, a questão será tratada pelo jurídico da emissora no momento oportuno”.
— O Grupo Jovem Pan esclarece ainda que o debate de ideias faz parte de toda a programação, contemplando o amplo espectro ideológico, garantindo o respeito ao contraditório, como é natural no debate democrático — acrescenta o grupo de comunicação JP.