O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, entrou com um pedido de direito de resposta na Justiça Eleitoral nesta terça-feira (17), após o também candidato Ricardo Nunes (MDB) publicar um vídeo em suas redes sociais pedindo que traficantes votem em Boulos. A campanha de Nunes, procurada para comentar a ação, afirmou que aguardará a decisão da Justiça antes de se pronunciar.
O vídeo, que gerou a reação de Boulos, menciona um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional que pode anistiar condenados por tráfico de drogas no Brasil. A peça sugere que pessoas envolvidas com o tráfico poderiam ser beneficiadas pela limitação imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que estipulou a quantidade de 40 gramas de maconha para diferenciar usuários de traficantes.
No vídeo, o narrador afirma: “Se você é traficante de drogas, precisa votar no Boulos”, associando o candidato do PSOL ao projeto.
A defesa de Boulos refutou as acusações, afirmando que ele nunca assinou o projeto na Câmara dos Deputados. Os advogados classificaram o vídeo como “injurioso, difamatório e mentiroso”, alegando que ele tem o objetivo de enganar o eleitor e manchar a reputação de Boulos.
Os advogados de Boulos ainda alegaram que a postagem busca “explorar o preconceito” e “espalhar desinformação”, atribuindo ao candidato do PSOL a imagem de “defensor de bandido”. O projeto citado no vídeo foi apresentado por sete parlamentares do PSOL e um da Rede, incluindo os deputados Sâmia Bomfim e Ivan Valente, ambos de São Paulo.
A proposta prevê anistia para pessoas acusadas de posse de até 40 gramas de Cannabis ou cultivo de seis plantas para uso próprio, conforme a Lei de Drogas (Lei n° 11.343/2006).