Ele voltará ainda mais forte em 2025. Mesmo com a derrota nas eleições municipais de Fortaleza, André Fernandes, do PL-CE, sai maior do que entrou. Com um desempenho histórico, venceu na maioria das zonas eleitorais da maior cidade do Nordeste, incluindo regiões dominadas por adversários, e arrastou votos das periferias, firmando favoritismo entre o eleitorado mais pobre. Sua performance, aos 26 anos, marca o rompimento de bolhas ideológicas e o consolida como uma das lideranças políticas mais expressivas do país.
A trajetória de Fernandes no decorrer deste ano foi marcada por um crescimento vertiginoso, com uma campanha de impacto histórico. Durante a disputa, ele apostou em um discurso conectado às demandas populares, utilizando redes sociais como principal ferramenta. Nas periferias, surpreendeu ao conquistar grande parte do eleitorado, algo incomum para representantes conservadores.
Especialistas ouvidos pelo Conexão Política veem que sua estratégia de resultado colidiu em pautas de interesse das massas, como segurança pública, empregos e redução da máquina pública. Maior aposta do PL, Fernandes termina o ano com um capital político inquestionável. Apesar de não vencer, ele se firma como liderança no Nordeste e retorna ao Congresso em 2025 com projeção nacional.
Analistas apontam ainda que sua atuação combativa e o impacto de suas propostas no decorrer deste ano o tornaram uma figura que pode sustentar a ala de direita nas cinco regiões do país, além de ser um reforço de peso para as futuras andanças de Jair Bolsonaro em 2026.
Os aliados, por sua vez, veem o avanço de Fernandes nas periferias como um marco para o conservadorismo. “Ele conseguiu furar a bolha e trazer pessoas que não eram ouvidas por nós”, externou ao Conexão Política um parlamentar próximo.
A expectativa no núcleo do PL é que André Fernandes assuma esse protagonismo e avance com essa influência em pautas guinadas à direita, para consolidar ainda mais sua liderança no Congresso, já não apenas como um contraponto à esquerda, mas sobretudo como articulador de uma agenda política voltada ao segmento econômico, sobretudo em meio à crise do governo Lula III com o mercado.