A Amazônia teve o maior número de focos de incêndio do século em 2024, durante a gestão da ministra Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram contabilizados 140.328 focos no bioma, o maior índice desde 2007, quando Marina também ocupava o cargo.
Naquele ano, 186.463 queimadas foram registradas. O pico histórico, no entanto, ocorreu em 2004, com 218.637 focos, também sob a gestão da ministra no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.
O aumento de queimadas em 2024 está ligado a variáveis como a seca intensa – considerada a pior já registrada no Brasil. Mesmo assim, os cinco maiores picos de queimadas nas últimas duas décadas ocorreram sob a gestão de Marina: 2004, 2005, 2006, 2007 e 2024.
Em setembro, Marina Silva afirmou que as queimadas tinham origem criminosa e reconheceu que o governo não tinha estrutura para conter os incêndios. Entretanto, esse discurso contrasta com as críticas contundentes que Marina fez à política ambiental no governo Bolsonaro, quando denunciava a falta de ação efetiva contra as queimadas.
Incluindo todos os biomas – Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal –, o Brasil registrou 278.229 focos de incêndio em 2024. O número representa um aumento de 46% em relação a 2023, quando foram notificados 189.891 incêndios. O total de 2024 é o maior desde 2010, quando o país contabilizou 319.311 focos de queimadas.