A Síntese de Indicadores Sociais (SIS), recém-divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (6), traz dados promissores sobre a desigualdade de renda no Brasil.
De acordo com o relatório, o Índice de Gini, que mensura a distribuição de ganhos na população em uma escala de zero a 1, atingiu o patamar de 0,518 em 2022, marcando o menor índice da década.
O declínio é atribuído, em grande parte, aos efeitos positivos dos benefícios sociais implementados durante a pandemia do coronavírus.
A pesquisa destaca que, no último ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a redução na desigualdade de renda foi expressiva, alcançando um patamar não visto desde 2012, quando a série histórica atual teve início.
Contrastando com o índice de 0,545 registrado em 2018, durante a gestão do ex-presidente Michel Temer, o Gini continuou sua trajetória descendente, atingindo 0,544 no ano subsequente. A implementação do Auxílio Emergencial em 2020, em resposta à crise da Covid-19, resultou em uma queda significativa para 0,524, evidenciando a redução de renda nas famílias de classe média e alta, devido às restrições impostas pelas quarentenas.
O Auxílio Emergencial, composto por cinco parcelas de R$ 600 e outras quatro de R$ 300, desempenhou um papel crucial na equação, conforme ressalta o IBGE. O Instituto calculou o Índice de Gini considerando a exclusão dos valores desses programas, revelando que, mesmo ao se analisar apenas os rendimentos provenientes do trabalho, aposentadorias e outros, a desigualdade teria apresentado uma redução significativa em 2022.