Sergio Fernando Moro tem sido o nome da vez. O ex-juiz, que diversas vezes chegou a garantir que não entraria na política, vai se filiar ao PODEMOS na próxima semana.
Ciente de como funciona o cenário político no país, Moro estaria sendo auxiliado sobre uma série de fatores que podem surgir como empecilhos ao longo de sua eventual candidatura.
De um lado, o ex-magistrado busca projetar um eleitorado capaz de torná-lo uma figura capaz de atrair votos expressivos e, principalmente, de chegar ao segundo turno das eleições presidenciais de 2022. De outro, vai tentar mostrar traços de virtudes morais para alçar uma identidade que flerte com o público mais conservador.
Sergio Moro sabe, no entanto, que a esquerda não adere o seu discurso polido. A direita simpatizante do conservadorismo, cuja agenda central elegeu Jair Bolsonaro, também não gera emoções positivas em torno do ‘homem de Curitiba’.
Além dos fatores citados acima, Moro certamente terá muito o que explicar sobre as condenações da Lava Jato. O petismo com certeza não deixará este assunto passar batido.
Já do público em geral, tende a prevalecer os questionamentos do eixo mais à direita: armamento civil; liberdade de expressão; garantias individuais; medidas autoritárias na pandemia.
Apontados por muitos como ‘o silêncio ensurdecedor’ de Moro, os quatro tópicos mencionados anteriormente devem voltar a rondar a lista de indagações dos brasileiros.
Para responder a tudo isso, Moro já estaria, de acordo com pessoas próximas a ele, ouvindo conselhos de dirigentes do Podemos.
Já sobre a filiação, o espaço reservado para o evento tem capacidade para 400 convidados do Podemos, e deve contar com uma estrutura externa.