Nos últimos meses, o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido constantemente associado a diversos casos de crimes, fraudes e situações ilícitas. Embora Lula não esteja envolvido diretamente nessas ocorrências, sua figura política tem sido utilizada como referência em práticas ilegais. A ação vai desde um e-mail usado pelo crime organizado até grupos de mensagens usados para acertos de jogos. O nome ‘Lula’ tem sido recorrente em situações questionáveis.
Ao falar sobre isso, o senador Sergio Moro (Podemos-PR) usou as redes sociais para mencionar recentes episódios em que o nome do ex-presidente foi mencionado, ressaltando que sua presença nessas situações se dá como uma referência e não implica em sua participação nos crimes ou fraudes em questão.
“Só neste ano já tivemos: email lula1063 usado pelo crime organizado, lula@gmail em cartão de vacina fraudado, login Lul22 usado por juiz que gosta de ‘trote’ e agora grupo de whats Lula13 para acerto de jogos. Lula não está envolvido nesses fatos, mas é uma referência constante”, escreveu o parlamentar.
O magistrado em questão é Eduardo Appio, responsável pelos processos remanescentes da Operação Lava Jato no Paraná. Ele foi afastado provisoriamente de suas funções pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A medida ocorreu após a corte regional iniciar uma investigação sobre uma possível ligação telefônica entre Appio e o filho do ex-relator da Lava Jato no TRF-4, na qual o juiz teria se passado por um funcionário da Justiça Federal para obter informações sobre o vínculo familiar.
Em uma entrevista à GloboNews, Appio admitiu ter utilizado o login “LUL22” no sistema da Justiça até este ano. Segundo ele, o uso desse login era um “protesto isolado e individual” contra a prisão do atual presidente Lula, que ele considerava ilegal.
Em relação aos jogos mencionados pelo ex-juiz Sergio Moro, refere-se ao escândalo de apostas no futebol, como o caso dos jogadores do Sampaio Corrêa que utilizavam um grupo do WhatsApp chamado “Lula 13” para discutir apostas e a manipulação de jogos da Série B. O grupo teria sido criado em novembro do ano passado, logo após as eleições.