O governo federal anunciou, na noite desta sexta-feira (19), Roberto Castello Branco, atual presidente da Petrobras, será substituído pelo general Joaquim Silva e Luna, ex-diretor geral da usina Itaipu Binacional.
Por meio de uma nota oficial, o Ministério de Minas e Energia anunciou que “decidiu indicar o senhor Joaquim Silva e Luna para uma nova missão, como conselheiro de administração e presidente da Petrobras, após o encerramento do ciclo, superior a dois anos, do atual presidente, senhor Roberto Castello Branco”.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, já havia demonstrado insatisfação com o comando da Petrobras desde os seguidos aumentos no preço dos combustíveis.
Ainda nesta sexta-feira, durante visita à cidade de Sertânia, em Pernambuco, Bolsonaro assegurou que faria ‘trocas’ na Petrobras após mais um reajuste no preço dos combustíveis, anunciado pela estatal nesta quinta-feira (18).
“Jamais vamos interferir nesta grande empresa e na sua política de preços, mas o povo não pode ser surpreendido com certos reajustes”, disse.
E acrescentou:
“Exijo e cobro transparência de todos aqueles que eu tive a responsabilidade de indicar”.
Quem é Joaquim Silva e Luna
Atualmente, aos 71 anos de idade, Joaquim Silva e Luna é general de Exército da reserva e foi ministro da Defesa do governo Michel Temer, sendo o primeiro militar a ocupar o Ministério da Defesa.
Silva e Luna integrou no Exército em 10 de fevereiro de 1969, na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), onde foi declarado, três anos depois, aspirante-a-oficial de Engenharia em 16 de dezembro de 1972.
Ele possui pós-graduação em Política, Estratégia e Alta Administração do Exército e em Projetos e Análise de Sistemas. Também fez Mestrado em Operações Militares e Doutorado em Ciências Militares.
Ao longo dos 12 anos como Oficial General da ativa, foi comandante da 16ª Brigada de Infantaria de Selva, em Tefé, Amazonas, de 2002 a 2004.
No ano de 2015, aceitou ser secretário-geral do Ministério da Defesa.
Quatro anos depois, em janeiro de 2019, foi nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro como o diretor-geral da Usina Itaipu Binacional.
A indicação do nome de Silva e Luna, no entanto, necessita de aprovação do conselho de administração da Petrobras.
Se prosperar, ele será o primeiro militar a assumir a chefia da Petrobras desde 1989.