O deputado delegado Ramagem (PL-RJ), que foi Diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro, negou qualquer interferência ou influência em processos relacionados ao senador Flávio Bolsonaro. “Após as informações da última operação da PF, fica claro que desprezam os fins de uma investigação, apenas para levar à imprensa ilações e rasas conjecturas. O tal do sistema first mile, que outras 30 instituições também adquiriram, parece ter ficado de lado”, argumentou.
Em publicação na rede social X, o deputado afirmou que a aquisição do programa foi regular e teve parecer da Procuradoria Geral da República (PGR). “A aquisição foi regular, com parecer da AGU, e nossa gestão foi a única a fazer os controles devidos, exonerando servidores e encaminhando possível desvio de uso para corregedoria. A PF quer, mas não há como vincular o uso da ferramenta pela direção-geral da Abin.”
Após as informações da última operação da PF, fica claro que desprezam os fins de uma investigação, apenas para levar à imprensa ilações e rasas conjecturas.
O tal do sistema first mile, que outras 30 instituições também adquiriam, parece ter ficado de lado.
A aquisição foi…
— Delegado Ramagem (@delegadoramagem) July 12, 2024
Na avaliação de Ramagem, as instituições estão conduzindo uma investigação política contra ele e a família Bolsonaro para criar “alvoroço”. Ele afirma que as autoridades judiciais e legislativas mencionadas não foram realmente monitoradas. “Estão em conversas de WhatsApp, informações alheias, impressões pessoais de outros investigados, mas nunca em relatório oficial contrário à legalidade”, disse.
A Polícia Federal deflagrou a quarta fase da Operação Última Linha, referindo-se ao software de monitoramento First Mile. Após a prisão de quatro suspeitos de operarem na chamada Abin Paralela, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, removeu o sigilo do inquérito, revelando os detalhes da investigação.