Conforme noticiado pelo Conexão Política, a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) movimentará seus advogados para ingressar com ações de investigação judicial eleitoral contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). A intenção é acusá-lo de abuso de poder político e econômico. No limite, esses processos poderiam torná-lo inelegível.
A diferença mínima de 2 milhões de votos no segundo turno fez acender o alerta no PT, que agora considera Bolsonaro um forte concorrente na próxima eleição. Em relação ao primeiro turno, Lula aumentou sua votação em 3 milhões. Bolsonaro, em 7 milhões, mais que o dobro do petista. Com isso, a estratégia será ingressar com ações que possam minar um eventual registro de candidatura em 2026.
Uma das ações terá como foco declarações do mandatário que questionaram o sistema eleitoral durante a campanha. Os petistas estudam incluir falas de aliados de Bolsonaro após o resultado eleitoral, como os deputados eleitos Carla Zambelli (PL-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG), que apoiaram as manifestações anti-Lula.
Uma outra ação será focada em questões econômicas, como a medida que liberou durante o processo eleitoral a possibilidade de empréstimo consignado para quem recebe Auxílio Brasil. O PT também queria inserir no processo a tramitação da PEC que elevou o benefício de R$ 400 para R$ 600, mas desistiu da ideia, uma vez que integrantes do próprio PT votaram pela aprovação da medida.
As ações devem ser protocoladas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima semana. Elas devem se juntar a outros quatro processos já apresentados anteriormente pela sigla e que, no limite, também têm potencial de tornar o atual chefe do Executivo inelegível nos próximos 8 anos.
A leitura interna que se faz é de que ações eleitorais, e não criminais, são as que podem trazer mais prejuízos a Jair Bolsonaro. É consenso no PT que qualquer avanço de processos criminais contra o presidente que possam, por exemplo, levar à sua prisão inflamaria o país e poderia instaurar um clima de guerra civil.
No Supremo Tribunal Federal (STF) já existe a discussão de que, após Bolsonaro perder o foro privilegiado, as ações contra ele podem ser mantidas na Corte sob controle e não baixarem à primeira instância para serem distribuídas a vários juízes diferentes, conforme uma apuração da CNN Brasil que foi confirmada pelo Conexão Política.
Sabia que você pode se manter informado e receber atualizações em tempo real sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Esta informação, assim como todos os conteúdos do Conexão Política, são publicados primeiro no nosso Aplicativo de notícias, disponível para Android e iOS. Procure “Conexão Política” na sua loja de aplicativos e baixe-o agora mesmo em seu celular. É 100% gratuito! Ou, se preferir, clique aqui.