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O manifesto “Eleição sem Lula é fraude”, lançado em 19 de dezembro e que já conta com a assinatura de mais de 133 mil pessoas, marca o uso explícito pela primeira vez do discurso do medo como estratégia do PT e de seus simpatizantes para tentar impedir a condenação do ex-presidente pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), a segunda instância da Lava Jato. O julgamento que pode tirar Lula da disputa presidencial está marcado para 24 de janeiro.
No texto, a defesa jurídica de Lula sai totalmente de cena para só restar argumentos políticos em favor do ex-presidente. A justificativa é de que a “a perseguição [contra Lula é] totalmente política” e “só será derrotada no terreno da política”.
“O Brasil vive um momento de encruzilhada: ou restauramos os direitos sociais e o Estado Democrático de Direito ou seremos derrotados e assistiremos à definitiva implantação de uma sociedade de capitalismo sem regulações, baseada na superexploração dos trabalhadores [promovida pelas reformas trabalhista e da Previdência]”, diz o manifesto.
O texto prossegue com um alerta de quais grupos sociais vão ser reprimidos: “Este tipo de sociedade requer um Estado dotado de instrumentos de Exceção para reprimir as universidades, os intelectuais, os trabalhadores, as mulheres, a juventude, os pobres, os negros. Enfim, todos os explorados e oprimidos que se levantarem contra o novo sistema. Assim, a questão da perseguição a Lula não diz respeito somente ao PT e à esquerda, mas a todos os cidadãos brasileiros. Como nunca antes em nossa geração de lutadores, o que se encontra em jogo é o futuro da democracia”.