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Sob qualquer perspectiva o julgamento de Lula será histórico. Se condenado num processo marcado por inevitável politização, será a primeira vez que um candidato importante é impedido judicialmente de concorrer à Presidência da República no Brasil em eleições diretas.
Essa é uma situação nova para o PT. Desde o seu aggiornamento nos anos 1990, ele jamais concebeu outro caminho que não fosse o eleitoral e um candidato que não fosse Lula. Ainda não surgiram alternativas reais no campo liderado pelo PT.
Com um partido redivivo e a popularidade fracassada, Lula atuará no palco de 2018 de qualquer maneira. Legalmente rejeitado, como um fator de forte polarização dentro das regras de um jogo que se tornou incapaz de absorver as lutas ideológicas que dividem a sociedade civil. Se inabilitado, como fator permanente numa batalha judicial dos sonhos e na expectativa de não transferir votos a outro candidato.