Os partidos PSD e PL despontam como as siglas com maior presença em prefeituras, vice-prefeituras e presidências de câmaras municipais nas capitais brasileiras em 2025. Cada um ocupará 12 posições nesses postos de destaque nas 26 capitais.
Quando analisados separadamente, o PSD lidera em número de prefeitos, enquanto o PL se destaca entre os vice-prefeitos, com ambas as legendas ocupando cinco desses cargos em cada categoria.
Entre os presidentes de câmaras municipais, o PSD tem quatro representantes, e o PL, três.
No Rio de Janeiro, o PSD alcança um feito relevante, concentrando o comando do Executivo e do Legislativo, com Eduardo Paes como prefeito, Eduardo Cavalieri como vice e Carlo Caiado na presidência da Câmara. Já o PL não conseguiu repetir a fórmula de trios nas capitais, mas consolidou duplas no comando de Cuiabá, com Abílio Brunini e Paula Calil, e em Maceió, com João Henrique Caldas e Chico Filho.
O PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ficou restrito a uma única prefeitura em capitais: Fortaleza, liderada por Evandro Leitão. A legenda não elegeu vice-prefeitos ou presidentes de câmaras municipais.
Já o PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin, teve destaque em Recife, com João Campos na prefeitura, e em Fortaleza, com Léo Couto na presidência da Câmara. A esquerda, representada por PT, PSB, PDT e PCdoB, soma presença em dez posições de liderança, correspondendo a cerca de 13% do total no país.
Outras siglas relevantes no cenário incluem o União Brasil, com oito cargos, e o MDB, com sete. O PSB aparece empatado com Podemos e PP na quinta colocação. Esses números refletem a complexa teia de articulações políticas que caracteriza a composição do Executivo e do Legislativo municipais.
Em São Paulo, por exemplo, o apoio do União Brasil à reeleição de Ricardo Nunes (MDB) foi condicionado a um compromisso de apoio ao vereador Ricardo Teixeira para a presidência da Câmara, promessa que se concretizou em votação feita no dia 1º de janeiro de 2025. Já o PL, partido com maior fatia do fundo eleitoral e do tempo de TV na última eleição, condicionou seu suporte a Nunes à indicação do vice-prefeito, posto ocupado por Coronel Mello Araújo.
Historicamente, os vice-prefeitos têm potencial de se tornarem futuros prefeitos, como aconteceu em Belo Horizonte, onde Fuad Noman (PSD) assumiu a prefeitura após a renúncia de Alexandre Kalil em 2022, e em Curitiba, com Eduardo Pimentel (PSD), que sucedeu Rafael Greca após 8 anos como vice.
Ranking completo
- PSD: 12 (cinco prefeitos, três vices e quatro presidentes de câmara);
- PL: 12 (quatro prefeitos, cinco vices e três presidentes de câmara);
- União Brasil: 8 (quatro prefeitos, um vice e três presidentes de câmara);
- MDB: 7 (cinco prefeitos e dois presidentes de câmara);
- Podemos: 6 (dois prefeitos, três vices e um presidente de câmara);
- PP: 6 (dois prefeitos, dois vices e dois presidentes de câmara);
- PSB: 6 (um prefeito, dois vices e três presidentes de câmara);
- Avante: 5 (um prefeito, três vices e um presidente de câmara);
- Republicanos: 5 (um prefeito, dois vices e dois presidentes de câmara);
- PSDB: 3 (três presidentes de câmara);
- PDT: 2 (um vice e um presidente de câmara);
- PT: 1 (um prefeito);
- PCdoB: 1 (um vice);
- Novo: 1 (um vice);
- Cidadania: 1 (um vice);
- Agir: 1 (um vice);
- PRD: 1 (um presidente de câmara).