Já ouviu falar em lenda urbana? São aquelas estórias (com e) que circulam por aí, contadas e recontadas, até ganharem vida própria. Muitas vezes, não passam de ficção, mas se tornam parte do imaginário coletivo, quase como se fossem verdades absolutas.
No Brasil, uma dessas “lendas” parece estar se materializando em torno das promessas feitas durante as campanhas eleitorais, como a de que o brasileiro teria picanha e cervejinha na mesa.
Com o governo Lula, o brasileiro tem se deparado com um cenário semelhante: promessas como a picanha no prato e a cervejinha nas refeições soam cada vez mais distantes. A inflação descontrolada no país não apenas encareceu esses itens, mas também está tirando o tradicional cafezinho e a laranja — produtos até então acessíveis — da rotina das famílias.
O aumento de preços tem dificultado o consumo de itens básicos, transformando hábitos comuns em verdadeiros problemas financeiros para a população.
Mesmo com a escalada de preços, o governo tem se mostrado alheio às dificuldades. Em vez de implementar medidas concretas para enfrentar a inflação, membros do alto escalão sugerem que os brasileiros simplesmente troquem produtos caros por alternativas mais baratas.
Em declarações polêmicas, figuras como Rui Costa, ministro da Casa Civil, afirmam que a inflação no país é reflexo do mercado externo e não das políticas internas — uma alegação que especialistas, inclusive alguns alinhados ao governo, contestam. De acordo com eles, as medidas econômicas do atual governo têm influenciado diretamente na crise de preços.
Enquanto as narrativas oficiais tentam desviar o foco da responsabilidade interna, o brasileiro, cada vez mais pressionado, vê as promessas de campanha se dissolverem, ficando apenas na memória — ou, como dizem, no imaginário popular.