Durante reunião da executiva do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) neste sábado (26), seu presidente, Juliano Medeiros, afirmou que a decisão do deputado eleito Jean Wyllys (PSOL-RJ) de não assumir o terceiro mandato devido a ameaças “expressa um contexto de deteriorização do nosso ambiente democrático”, informa o G1.
“Um país que não consegue garantir as condições para que um deputado exerça o seu mandato é um país cuja democracia está em crise. Queremos aproveitar esse episódio da decisão do Jean para travar um debate com a sociedade brasileira e deixar claro que há um problema na nossa democracia, que já vitimou uma vereadora no ano passado. Esse processo vai ser denunciado pelo PSOL”, afirmou Medeiros.
Juliano ainda afirmou que David Miranda (PSOL-RJ) o suplente do partido que assumirá a vaga na Câmara, dará continuidade à defesa das bandeiras defendidas por Jean e pela sigla.
“É natural que haja um desalento por parte da militância e de alguns apoiadores do Jean, um sentimento que nós já conhecemos bem desde o assassinato da Marielle Franco, que foi uma brutalidade sem tamanho. Mas nós queremos aproveitar esse episódio para dizer que a hora é de coragem. Tenho certeza que o David está com toda disposição de levar adiante todas as lutas que o Jean representava e que são as lutas do próprio PSOL”, disse.
Medeiros também disse que o partido pretende acionar a Justiça contra ataques virtuais que ele classificou como “calúnias” e “notícias falsas”.