Na semana passada, a Operação Venire, da Polícia Federal, apreendeu os celulares do ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, e de seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. Os aparelhos foram enviados para os peritos criminais da corporação para análise do conteúdo, em uma investigação sobre supostas fraudes em carteiras de vacinação contra a Covid-19. Ambos os dispositivos já estão sob perícia da PF.
De acordo com as investigações, os envolvidos teriam inserido dados falsos de imunização nos sistemas do Ministério da Saúde, visando gerar certificados de vacinação para aqueles que não foram imunizados. A ação teria como objetivo garantir a entrada do grupo em países e locais que exigem comprovação de vacinação.
Mauro Cid, por sua vez, está sendo investigado por lavagem de dinheiro, após a descoberta de US$ 35 mil em dinheiro vivo em um cofre na sua casa. Ele está preso desde a semana passada.
Na Corte, é dito que os documentos da Operação Venire, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, também apontam para a existência de uma suposta estrutura criminosa que teria atuado em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro e para uma tentativa de golpe de Estado.