O início de 2025 trouxe sinais de insatisfação por parte da bancada de vereadores do PL em relação ao espaço reservado ao partido no secretariado de Ricardo Nunes (MDB).
A principal queixa, que já chegou ao conhecimento do prefeito, é de que a sigla não estaria sendo contemplada com cargos em pastas estratégicas ou que possuem maior peso orçamentário.
Até o momento, o arranjo político definido prevê que o partido ficará responsável por três secretarias: Verde e Meio Ambiente, Relações Internacionais e Projetos Estratégicos. Esta última será ocupada pelo vice-prefeito, Coronel Melo Araújo, que foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como o nome da legenda para a disputa eleitoral de 2024.
Embora Melo Araújo tenha negado qualquer intenção de assumir a Secretaria de Segurança Pública, havia dentro do PL quem ainda alimentasse a esperança de que o ex-comandante da Rota fosse escolhido para liderar a área. No entanto, o nome indicado por Ricardo Nunes foi o de Orlando Morando, ex-prefeito de São Bernardo do Campo (SP) e atualmente sem filiação partidária.
Nos bastidores, membros do PL que se sentem preteridos afirmam que foram deixados de fora das negociações, conduzidas diretamente entre o prefeito e a liderança nacional do partido. Segundo essas fontes, a bancada foi apenas comunicada sobre as definições, sem participar ativamente do processo de articulação.
Em última linha, esse descontentamento pode trazer dificuldades para Ricardo Nunes na Câmara Municipal. Caso o clima de insatisfação se transforme em resistência, o prefeito pode enfrentar problemas para aprovar projetos mais importantes, já que, dependendo da situação, poderia perder o apoio de 38 parlamentares ligados ao PL.
Para tentar amenizar os ânimos, o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, agendou uma reunião com os vereadores da legenda. O encontro está previsto para a próxima segunda-feira, dia 6 de janeiro, em São Paulo.