O general Marcos Antonio Amaro dos Santos, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), anunciou que o órgão está plenamente preparado para retomar imediatamente a responsabilidade pela proteção pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A ação provisória que separou a função do GSI está prevista para encerrar no final deste mês. Para Amaro, a medida sendo devidamente encerrada, não há problemas que venham atingir o GSI, que continuará aceitando quem desejar permanecer no órgão, desde que, segundo ele, cumpra a legislação imposta pela Polícia Federal. Ele ressalta que a ausência desses agentes também não afetará a continuidade do serviço de segurança.
“Caso isso aconteça, não gerará problema nenhum para nós. É de bom grado e aceitamos muito bem a permanência daqueles que puderem e quiserem permanecer de acordo com a legislação própria da Polícia Federal. Não há problema nenhum na permanência. Temos total interesse até em receber. Não permanecendo, não traz nenhum problema na continuidade”, declarou ao portal Poder360.
O general demonstrou total interesse em receber os agentes, mas ressalta que a decisão final cabe ao presidente, que terá que se posicionar sobre o assunto.
Ainda durante a entrevista, o general também abordou a urgência do tempo e afirmou que estão preparados para assumir a segurança pessoal de Lula a qualquer momento, sem interrupções. Além disso, ele discutiu a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, destacando a perfomance dos policiais federais na segurança pessoal do presidente e da relação do esquerdista com os militares.
“O presidente vai ter que sinalizar qual é a decisão dele, vai ter que bater o martelo, mas certamente vamos conversar sobre isso em breve. O tempo está urgindo –para não dizer rugindo–, mas estamos preparados para assumir sem qualquer solução de continuidade. Temos condições de assumir a qualquer momento a segurança pessoal e imediata”, emendou.
Amaro ressaltou que o GSI não tem responsabilidade sobre investigações ou esclarecimentos, afastando qualquer suposta supressão de alertas em relatórios sobre o incidente de 8 de janeiro que foram enviados ao Congresso. Disse ainda que a apuração dessas questões está sob a competência do Supremo Tribunal Federal (STF) e da CPMI, responsáveis por realizar as devidas investigações.