A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) pode enfrentar novos inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), conforme informou o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles. A Polícia Federal (PF) está prestes a enviar à Suprema Corte uma lista com novas frentes de investigação.
Michele está na mira sob supostamente usar indevidamente cartão corporativo da Presidência da República.
Vale frisar trata-se de uma nova investida, visto que anteriormente a PF indicou que Michelle não esteve envolvida no caso das joias, pois não foram encontradas suas digitais nas amostras, nem outras provas que a ligassem ao interesse pelos objetos ou à sua venda.
Agora inquérito em questão sugere que houve pagamento de despesas pessoais de Michelle Bolsonaro e seus familiares com cartões da Presidência. As investigações também apontam que ela usou o cartão para cobrir despesas de uma amiga, Rosimary Cardoso Cordeiro, assessora parlamentar no Senado.
A defesa, por sua vez, nega inconsistências. O advogado e ex-ministro-chefe da Secom de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, afirmou que Michelle aceitou, em novembro de 2011, um cartão adicional da Caixa Econômica Federal de uma conta de sua “amiga, confidente de longa data”, em menção à Rosimary.
“Como funcionava: dona Michelle fazia pequenas compras e a dona Michelle reembolsava mês a mês a Rosimary. Quando chegava a fatura, a amiga dela dizia ‘o cartão adicional deu R$ 1 mil, R$ 2 mil, R$ 3 mil, R$ 800, R$ 300, R$ 200’. A defesa apresentará oportunamente todo o mês a mês desse reembolso”, declarou.
Ao ser indagado sobre o porquê de Michelle utilizar um cartão em nome da amiga e não do ex-presidente, Wajngarten respondeu: “Resposta da dona Michelle para mim: ‘o meu marido sempre foi muito pão-duro’.”