O ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, disse à Polícia Federal nesta quarta-feira (26), segundo seus advogados, que a eleição de 2022 é “página virada” e que foi “acidental” a postagem que ele fez no Facebook, no dia 10 de janeiro. O conteúdo questionava a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
Após a puublicação, Bolsonaro passou a ser investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta incitação a crimes contra o Estado Democrático de Direito, no âmbito do inquérito que apura a autoria intelectual dos ataques às sedes dos três Poderes no dia 8 de janeiro.
— Sobre esse post, tanto a postagem foi acidental, que ele não fez nenhum comentário em cima desse post. Apagou logo na sequência. O presidente, quando saiu de férias, ele tratou a eleição como página virada. Então, em momento algum você vai encontrar alguma declaração dele declinando que a eleição tenha sido fraudada. Em momento algum isso é falado — relatou o advogado Paulo Amador da Cunha Bueno, que também participou da audiência.
— Quando alertado, quando tomou conhecimento da postagem, sequer havia percebido que havia postado o referido conteúdo. Assim que alertado, apagou o vídeo — emendou o ex-secretário de Comunicação do governo de Bolsonaro Fabio Wajngarten, que também acompanhou o ex-presidente.
O depoimento do ex-chefe do Executivo foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. Bolsonaro chegou à sede da PF às 8h45 e deixou o local por volta das 11h30.