O número de mortes por causas violentas saltou 81% em 2022, em relação ao mês de janeiro do ano passado.
Aos poucos, o país tem vivenciado medidas de flexibilidade em torno do isolamento social da pandemia da Covid-19. Com isso, os índices de óbitos em razão de homicídios, acidentes de veículos e suicídio contribuíram para o registro do mês de janeiro mais mortal desde o início da série histórica, em 2003.
Ao todo, foram contabilizadas, em janeiro de 2022, 144.341 mortes gerais no país.
Os dados são dos Cartórios de Registro Civil.
Na comparação de janeiro de 2020, antes do isolamento, com o mesmo mês de 2021, houve queda de 73% das mortes violentas.
Os dados estão disponíveis no Portal da Transparência do Registro Civil, plataforma que cede dados administrados pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen/BR). O dispositivo é alimentado em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do país.
“O número de óbitos registrados nos meses de 2022 ainda pode vir a aumentar, assim como a variação da média anual e do período, uma vez que os prazos para registros chegam a prever um intervalo de até 15 dias entre o falecimento e o lançamento do registro no Portal da Transparência”, explica Gustavo Renato Fiscarelli, presidente da Arpen.
Ainda conforme a Arpen, “alguns estados brasileiros expandiram o prazo legal para comunicação de registros em razão da situação de emergência causada pela covid-19”, pontuou.