O MDB abandonou a pré-candidatura de Simone Tebet à Presidência da República em pelo menos 9 estados da federação. O motivo? Apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
A senadora sul-mato-grossense oscila nas pesquisas entre 1% e 4%, e corre o risco de ser barrada na convenção partidária, como já ocorreu no passado com outras figuras.
Na última terça (12), Lula esteve em Brasília (DF) e conversou com as lideranças emedebistas a fim de selar a aliança junto à chapa dele com Geraldo Alckmin (PSB).
O petista deve anunciar em breve o apoio oficial dos diretórios regionais do MDB em Alagoas, Amazonas, Pará, Piauí, Ceará, Pernambuco, Maranhão, Rio Grande do Norte e Bahia.
“O MDB está liberado neste momento, mas há uma questão que a gente obviamente precisa conversar. 9 dos 27 estados já estão no palanque do presidente Lula. Não teria palanque [para Simone]. Essa questão precisa ser conversada com Lula e com Baleia [Rossi, presidente nacional da sigla]”, defendeu o senador Eduardo Braga (MDB-AM).
Renan Calheiros (MDB-AL), por sua vez, acredita que o nome de Simone Tebet deve ser retirado da disputa caso a parlamentar não decole nas intenções de voto. Para ele, a legenda precisa alinhar-se ao PT na eleição nacional e tentar eleger deputados federais e senadores.
O presidente nacional do partido, Baleia Rossi, tem sido um defensor de candidatura própria do MDB ao Palácio do Planalto. Na avaliação dele, a congressista conta com o apoio da maioria dos diretórios estaduais.
Em qualquer das hipóteses, a situação de Tebet não é fácil, uma vez que ela não tem unanimidade nem em Mato Grosso do Sul, sua terra natal e onde iniciou a carreira política.
Em 2014, o ex-governador André Puccinelli (MDB) abriu mão da disputa ao Senado Federal para apoiá-la. Agora, no entanto, ele deve disputar novamente o governo e, em vez de seguir com a senadora, pretende abrir seu palanque para Lula e Bolsonaro.