A deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, decidiu apresentar a versão do petismo sobre os escândalos de corrupção na Petrobras descobertos pela força-tarefa da Lava Jato.
A roubalheira instalada nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, já comprovada por inúmeras investigações do Ministério Público Federal (MPF) e condenações judiciais, seguirá sendo negada pela parlamentar.
De acordo com ela, “não houve corrupção sistêmica” na companhia estatal, apenas “atos ilícitos” praticados por “alguns” que delataram ou se autoincriminaram.
Para Gleisi, nenhum contrato da empresa pública foi superfaturado. Ela pediu a jornalistas que promovam um debate entre a cúpula petista e os integrantes da investigação, inclusive o ex-juiz Sergio Moro. “Porque nós queremos debater”, justificou.
“A Petrobras é uma empresa de capital aberto, opera inclusive na Bolsa de Valores de Nova York, e esses contratos estavam corretos. Portanto, não houve desvio de dinheiro da Petrobras. Isso é importante dizer, porque uma mentira fica sendo repetida e vai criando nas pessoas a ideia que não deve ser criada”, argumentou.
Ao lado do ex-presidiário, Gleisi aproveitou para alfinetar o atual chefe do Executivo e comparar a situação nos governos do PT com a atual, sob Jair Bolsonaro.
“Na nossa época a gasolina era barata, na nossa época o óleo diesel era barato, na nossa época o gás de cozinha era barato. Eu gostaria de saber como é que se explica hoje, que a Petrobras é um brinco, o preço da gasolina, o preço do óleo diesel, o preço do gás de cozinha. Tem muita coisa errada que tá acontecendo nesse país”, esbravejou.