O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cobrou informações da Superintendência da Polícia Federal (PF) a respeito de uma operação deflagrada contra o presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor (MDB), no fim de setembro.
O ministro analisou uma solicitação feita pelo senador Renan Calheiros (MDB), aliado político de Victor, e pelo Diretório Estadual do MDB em Alagoas. Calheiros acusa a PF de ter atuar politicamente e, consequentemente, prejudicar Marcelo nas eleições deste ano.
Renan vai além. Ele aponta o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de ter agido para prejudicar o grupo do MDB no estado. Conforme Calheiros, houve interferência por parte do parlamentar para que a operação viesse à tona.
A equipe jurídica de Arthur Lira, por sua vez, nega. É dito que o requerimento de Renan “é manifestamente temerário, de irremediável má-fé, desacompanhado do mínimo fundamento legal e de caráter unicamente politiqueiro”.
— A ação da PF em questão, tratou-se de flagrante realizado por agentes da PF no seu livre exercício exercício funcional e no combate a corrupção eleitoral, inclusive, com a apreensão de [R$] 145.000,00 em espécie na posse de parlamentar filiado ao MDB — rebateu o advogado Fábio Gomes.