Desde o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em ao menos 11 casos ministros do governo e o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), levaram suas esposas de carona em voos da FAB (Força Aérea Brasileira).
De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, as listas de passageiros das aeronaves incluem também o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que esteve acompanhado em ao menos nove voos por sua esposa, a secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad.
Todas as aeronaves da FAB solicitadas pelo chefe da Economia, nessas ocasiões, foram para viagens do trecho São Paulo-Brasília.
O decreto que está em vigor, que regulamenta o uso de aviões da FAB por autoridades, determina que o avião só pode ser usado por motivos de trabalho e que “compete à autoridade solicitante analisar a efetiva necessidade da utilização de aeronave do Comando da Aeronáutica em substituição a voos comerciais”.
O texto estabelece que “a comitiva que acompanha a autoridade na aeronave do Comando da Aeronáutica terá estrita ligação com a agenda a ser cumprida, exceto nos casos de emergência médica ou de segurança”.
“Os critérios de preenchimento das vagas remanescentes na aeronave” ficam a cargo da autoridade que fez o pedido, emenda o último parágrafo.