O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), continua liderando a popularidade digital entre os governadores estaduais no país, enquanto Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, vem perdendo ainda mais visibilidade, enfrentando dificuldades para se posicionar como uma alternativa ao bolsonarismo.
De acordo com o Índice de Popularidade Digital (IPD), calculado diariamente pela empresa de pesquisa e consultoria Quaest, que analisa 152 variáveis nas plataformas Twitter, Facebook, Instagram, YouTube, Wikipédia e Google, Tarcísio de Freitas mantém-se em primeiro lugar, com uma nota alta. Em segundo lugar está a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), seguida por Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais.
Por outro lado, Eduardo Leite teve uma queda significativa em sua visibilidade nas plataformas sociais, saindo da quarta posição em janeiro e chegando à nona posição em junho. Sua performance virtual caiu aproximadamente 16 pontos, passando de 39,56 para 23,49.
Esses dados demonstram a importância da presença e popularidade digital na política atual, destacando os desafios enfrentados por alguns governadores em se manterem relevantes e ganharem visibilidade nas redes sociais.
Os governadores com maior projeção nacional e destaque digital são Ronaldo Caiado, de Goiás, e Tarcísio de Freitas, de São Paulo. Caiado subiu do 13º para o 4º lugar no Índice de Popularidade Digital (IPD), com uma pontuação de 36,65 em junho. Sua participação na CPI do MST gerou repercussão e bate-boca entre parlamentares.
Tarcísio, aliado de Jair Bolsonaro, manteve sua estabilidade na popularidade digital, alcançando 76,61 pontos no IPD em junho. Ele é considerado uma possível opção presidencial para a direita em 2026, caso Bolsonaro seja considerado inelegível pelo TSE. Recentemente, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, sugeriu que Tarcísio deveria se candidatar à Presidência pelo partido.
Por outro lado, Eduardo Leite, agora presidente do PSDB, enfrenta dificuldades em unificar seu partido, especialmente em São Paulo, onde há conflitos com o ex-governador João Doria. O PSDB vem perdendo espaço desde 2018 e teve sua maior derrota em 2022, perdendo o Palácio dos Bandeirantes após 28 anos de hegemonia. Leite enfrenta desafios para convencer os eleitores e se projetar como uma alternativa viável a Lula nas próximas eleições presidenciais.
Além de Eduardo Leite, outros governadores também tiveram perda de relevância em suas popularidades digitais. Ibaneis Rocha, do Distrito Federal, caiu para o 13º lugar no ranking, com 20,96 pontos, com seu afastamento do cargo relacionado após os atos do 8 de janeiro.
Helder Barbalho, governador do Pará, também registrou queda em sua popularidade digital, ocupando o sétimo lugar em junho, com 25,68 pontos. Já Romeu Zema viu sua popularidade digital cair após fazer declarações consideradas preconceituosas com outras regiões do país. Por outro lado, Raquel Lyra continua colhendo os frutos de uma estratégia de boa relação e conversas entre diferentes partidos políticos.
O cálculo do Índice de Popularidade Digital considera cinco dimensões: fama (número de seguidores), engajamento, mobilização, valência (proporção de reações positivas e negativas) e interesse.
Cada dimensão é ponderada por um modelo desenvolvido com base nos resultados reais de eleições passadas, utilizando milhares de candidaturas monitoradas pela empresa de pesquisa e consultoria Quaest.