Candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se neste domingo (11) com Marina Silva, sua ex-ministra do Meio Ambiente.
A “retomada do diálogo” —termo usado nos bastidores pelos esquerdistas— estava sendo ventilada há alguns meses, especialmente com a aproximação do 1º Turno das eleições. O reduto lulopetista tem dito que é preciso contar com o apoio de figuras que tiveram algum tipo de desentendimento e/ou rompimento definitivo com a sigla.
O objetivo é trazer impacto eleitoral, além de externar publicamente que as divergências foram superadas. Desde o início do ano que a estratégia é passar a imagem de união pela democracia.
De acordo com o QG de campanha, o convite partiu de Lula, visto que o ex-presidente está disposto a incluir a “agenda verde” como prioridade em eventual governo. Por consequência, o ato resulta nos interesses do ex-presidente de ter Marina em seu palanque.
Próximos passos
Para concretizar o almejado apoio, Lula destacou que recebeu de Marina propostas para “um Brasil mais sustentável”. Segundo ele, a ‘companheira’ tem propriedade para falar sobre o assunto e entender as semanas que o país necessita.
Por meio da rede social Twitter, a ex-ministra comemorou e disse que a reunião “foi uma boa e necessária conversa”.
O ajuntamento aconteceu no escritório da campanha lulopetista, no bairro do Pacaembu, em São Paulo, e durou cerca de duas horas.
Câmara dos Deputados
Marina Silva reafirmou que será candidata a deputada federal em São Paulo pela Rede Sustentabilidade, sigla que tem feito oposição ferrenha ao governo Jair Bolsonaro (PL). O senador Randolfe Rodrigues, filiado à legenda, é o principal representante a ingressar uma série de medidas judiciais no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a atual gestão federal.
Anteriormente, Marina já havia declarado apoio a Fernando Haddad (PT-SP), candidato ao governo paulista. Inclusive, chegou a ser convidada para ser ocupar o cargo de vice, mas declinou.
Além de Haddad, outros nomes atuaram para costurar o ato deste domingo, como Rosângela Lyra, ex-CEO da Dior no Brasil, e o ambientalista Pedro Ivo.
Apoio esperado
Marina Silva está disposta a apoiar o líder petista ao Palácio do Planalto.
Apurações feitas pelo Política apontam para um aceno imediato, visando impactar os próximos 18 dias de campanha.
Com isso, o QG do PT já tem uma nova data para materializar a reconciliação: 12 de setembro. Com isso, nesta segunda-feira, Lula e Marina devem fazer um pronunciamento juntos.