O ex-presidente e ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a enaltecer o governo da China no combate à pandemia da Covid-19.
Em entrevista ao site chinês Guancha, o líder petista afirmou que “a China só conseguiu combater o coronavírus com a rapidez que ela combateu porque tem um partido forte, um estado forte, porque tem pulso, tem voz de comando”.
Na visão de Lula, “a China é um exemplo de desenvolvimento para o mundo. Espero que outros países aprendam a lição com a China para que a gente possa ser mais forte, com mais distribuição de riqueza”.
Ao mesmo site, ele já tinha destacado a atuação da China como “partido político forte” e “poder de comando” do governo ao surto da doença.
“A China é a maior economia do mundo, e ela tem que ser vista assim”, disse o ex-presidente, que apontou interferência dos Estados Unidos no processo de política externa de países do Brics, agrupamento de países de mercado emergente em relação ao processo de desenvolvimento econômico.
“Se for necessário fazer parceria com a China nós temos que fazer parceria com a China, se for com a Rússia tem que ser com a Rússia, e os EUA não podem ter ingerência nas relações”, reiterou Lula.
Ainda segundo o líder petista, “esquecer os Brics foi um crime contra o Brasil”, pois o país acabou elegendo “pessoas que estavam preocupadas com os americanos e não com os brasileiros”.
“É inacreditável a perseguição às empresas chinesas quando na verdade as empresas americanas querem entrar em qualquer lugar”, completou.
Elogios ao Partido Comunista Chinês
No mês passado, Lula da Silva afirmou que a existência Partido Comunista Chinês (PCC) faz com que a China tenha uma atuação exemplar de governo.
Segundo ele, a competência chinesa incomoda outros grandes países desenvolvidos.
“Se precisamos cooperar com a China, devemos estabelecer uma parceria estratégica com a China, assim como eu fiz quando era presidente. Se for necessário cooperar com a Rússia, cooperaremos com a Rússia”, enfatizou.
Por fim, o petista lembrou que, quando era presidente do Brasil, manteve relação próxima com Hu Jintao, que comandou a China de 2003 a 2013.